31/12/2010



Em alguns instantes estaremos
no último dia do ano de 2010...
e depois da meia-noite,
virá o Ano Novo...

O engraçado é que - teoricamente -
continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro(a).
No caso de alguns mesmas dívidas ...

Ainda seremos fruto das escolhas
que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas
pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que
quando o relógio nos avisar que é meia-noite,
do dia 31 de dezembro de 2010,
teremos um ano IN-TEI-RI-NHO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco,
esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos
o que ainda não tivemos força de vontade,
coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro,
um ano para sermos perdoados dos nossos...
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha...
E, exatamente por isso,
eu desejo que vocês façam as
melhores escolhas que puderem.
Agradeçam a Deus por estarem vivos e
terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Quero agradecer aos amigos(as) que nos temos.
Aos que nos 'acompanham' desde muito tempo.
Aos que nos fizemos este ano.
Aos que escrevemos pouco, mas lembramos muito.
Aos que escrevemos muito e falamos pouco.
Aos que moram longe e não vemos tanto quanto gostarimos.
Aos que moram perto e vemos sempre.
Obrigado por fazerem parte da nossa história.

Espero que 2011 seja um ano
bem mais feliz,cheio de saúde,
paz e muito prospero para todos vocês!






01/12/2010

1 DE DEZEMBRO - DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS

Uma batalha vencida contra o preconceito

{dezembro de 2004}

Tive contato com a aids quando meu irmão Sérgio pegou. Em dezembro de 1993, tivemos a primeira internação. Hospital 9 de Julho. Batem à porta. Entra uma mulher: “Desculpe, vim informá-los que não poderão ficar neste hospital porque o convênio não atende este tipo de doença.” Não acreditei na falta de tato. Meu irmão baqueou.
Liguei para a advogada e iniciamos uma discussão com a Golden Cross. Vinte e quatro horas depois, a Justiça nos concedeu liminar que garantiu o atendimento, até que ganhamos a causa em 1994. Meu irmão se expôs. Deu entrevistas. Mobilizei jornalistas. Viramos notícia. Em novembro de 1994, meu irmão morreu.
Quando a pessoa morre, fica um vazio imenso. Tenho tentado preencher com ações voltadas para a inclusão e cidadania. Fundei a Associação Parceiros de Vida e junto com o Sesc realizamos ações pelo interior com oficinas de sexo seguro. Colhemos mais de 20 mil assinaturas e enviamos ao Ministério da Justiça. Atualmente, com o fato de termos criado jurisprudência, é mais fácil um portador de aids ter seu atendimento garantido.
Com apoio da Usaid/DKT Brasil, fundei em 2003 a Agência de Notícias da Aids. Ela abastece as redações com sugestões de pautas e fontes. Hoje temos o apoio do Banco do Brasil. Como o HIV não escolhe vítima, não tenho preguiça para desenvolver projetos e ações que auxiliem a combater a ignorância, o preconceito e a desinformação. Convido a todos para conhecer nosso trabalho: www.agenciaaids.com.br

Roseli Tardelli é jornalista e presidente da Agência de Notícias da Aids.

A Ucrania a 200 quilômetros de Curitiba

Não há novidade: a diversidade da cultura brasileira muito se deve à contribuição dos imigrantes. As colônias alemãs no sul e a influência dos italianos e dos japoneses em São Paulo são famosas. Mas em nosso vasto território cabe ainda gente de outros cantos. O que dizer da Ucrânia?
Em Prudentópolis, interior do Paraná, vive a maior colônia ucraniana do Brasil. A imigração começou em fins do século 19, quando desembarcaram por aqui cerca de oito mil ucranianos. O país é a segunda maior república da ex-União Soviética, atrás apenas da Rússia. Atualmente, 80% dos 46 mil habitantes de Prudentópolis - que fica a 207 quilômetros de Curitiba - têm raízes no país eslavo. A influência é grande a ponto de as placas com o nome das ruas serem escritas também em ucraniano, língua que usa o alfabeto cirílico. Entre os prudentopolitanos, há quem passe a vida inteira sem sequer ter aprendido o português.
Pelas quedas d’água de mais de 100 metros de altura, a cidade é conhecida como a Terra das Cachoeiras Gigantes. Suas mais de 30 igrejas, boa parte construída pelos ucranianos, lhe conferem ainda o título de Capital da Oração. Estudiosos afirmam que a religiosidade é o que motiva a manutenção da cultura ucraniana, representada, por exemplo, pela pêssanka, arte milenar de pintar ovos, oferecidos aos deuses da natureza. Aqui e do outro lado do mundo.
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SAIBA MAIS
Paraíso das Delícias: Um estudo da emigração ucraniana (1895-1995), de Maria Luiza Andreazza (Aos Quatro Ventos, 1999).