26/07/2011

12 hábitos ajudam a manter a família unida

Saiba como é possível fortalecer o vínculo afetivo com pequenas atitudes

por Letícia Gonçalves

Crescem os estudos que comprovam como os familiares interferem na nossa saúde física e mental, independente da idade. Uma pesquisa publicada no Jornal da Associação Americana do Coração, por exemplo, comprovou que pacientes da terceira idade se recuperam muito mais rápido de derrame quando acompanhados dos parentes. Já um outro estudo recente da Universidade de Oregon, nos EUA, indicou que pais com dificuldades de relacionamento têm mais chances de ter bebês com distúrbios durante o sono. Manter o vínculo afetivo é uma vantagem e tanto, mas nem sempre é fácil. "Há famílias que se veem muito, porém as pessoas não são tão próximas, porque tem o componente da afinidade. Construímos vínculos com as pessoas que nem sempre podem existir nas famílias", explica a psicóloga Eliana Alves, do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Confira a seguir alguns ingredientes diários que podem incrementar os laços afetivos e aumentar - de fato - a união familiar

1. Respeite os limites de cada um

Esse é um dos hábitos mais difíceis, pois implica aceitar algumas diferenças. "Cada indivíduo da família tem seu ritmo, seu jeito de vivenciar as coisas da vida. Tanto os filhos como os pais desenvolvem essa percepção do 'jeito de cada um'", conta o psiquiatra Paulo Zampieri, Terapeuta de Casais e Famílias, de São Paulo. Procurar respeitar essas peculiaridades - desde que não sejam preocupantes - pode ajudar a resolver conflitos familiares de uma forma muito mais fácil.

2. Priorize o bom humor

Procure encarar os conflitos familiares com mais disposição. Muitos deles surgem por motivos pequenos e são alimentados pelo cansaço e estresse do dia a dia. "Encarar conflitos já é melhor do que evitá-los e há de ser com bom humor, senão fica sempre parecendo cobrança ou bronca", aconselha o psiquiatra Paulo Zampieri.

3. Cozinhe em conjunto

A psicóloga Eliana Alves fala que é importante criar espaços que propiciem um vínculo afetivo. "Vivemos no imperativo da falta do tempo, mas é necessário se preocupar em criar momentos para conviver com nossos familiares", diz a especialista.

Para driblar essa falta de tempo, os programas conjuntos podem ser tarefas diárias como as atividades domésticas, que permitem uma troca de experiências. "Atividades lúdicas e domésticas ajudam todos os membros da família a se apropriarem dos pertences do lar, aprendendo juntos as tarefas que um dia os filhos também farão", afirma o psiquiatra Paulo Zampieri.

4. Incentive o diálogo

Essa é uma das práticas mais fundamentais. De nada adianta viver unidos sob o mesmo teto se não há conversa, se as pessoas não compartilham seus sentimentos e experiências de vida. O diálogo permite saber o que o outro está pensando e sentindo e é a melhor forma de resolver desentendimentos.

"Os familiares são os maiores parceiros que filhos, pais e avós têm naturalmente na vida", lembra o psiquiatra Paulo Zampieri, que dá uma boa dica para fortalecer os vínculos por meio do diálogo. "Peça aos avós que contem como foi a vida deles, como se uniram, o que pensavam da vida. É um jeito interessante de co-construir a história da família por meio dos protagonistas mais velhos e permite conhecer como os costumes mudaram", completa.

5. Crie momentos de lazer com todos

Os familiares servem de apoio nas horas difíceis, mas também podem ser ótimas companhias para momentos de distração e divertimento. O psiquiatra Paulo Zampieri conta que, quando os filhos são pequenos, fica mais fácil: "É só convidar que todos vão", comenta.

No entanto, quando os filhos crescem e se tornam mais independentes, essas ocasiões ficam cada vez mais incomuns. "Quando a família cultiva esses hábitos desde cedo, gera a possibilidade de conservar atividades de lazer em conjunto em etapas mais adultas", completa o especialista.

6. Procure estar disponível

Não precisa ser super-herói: é impossível estar disponível o tempo todo e a família precisa entender isso, principalmente as crianças. Entretanto, mostrar disponibilidade para conversar e dar atenção, sempre que possível, é fundamental. De acordo com o psiquiatra Paulo Zampieri, os pais devem fazer isso de forma declarada. "Conte comigo", "sou seu parceiro" ou "se precisar, estou aqui" são frases que ajudam os filhos a encontrarem um momento de poder falar.

7. Evite que a rotina agitada e estressante interfira no contato familiar

É nada agradável encontrar uma pessoa em casa com a cara fechada, sem vontade de conversar. Experimente imaginar que, no momento em que você for passar pela porta de entrada, as preocupações do trabalho ficarão do lado de fora. A família poderá ser uma excelente forma de distração!

Em alguns momentos, procure também deixar o trabalho e demais compromissos em segundo plano. "Tal postura pode indicar valorização do contato, como se a pessoa estivesse dizendo à família: 'vocês são importantes para mim'", afirma a psicóloga clínica Michelle da Silveira, de São Paulo.

8. Invista no afeto

Há várias formas de manifestá-lo, vale a sua criatividade de adaptá-las ao tempo e à rotina que você possui. Não se esqueça também do carinho físico. Um simples abraço proporciona conforto e uma ligação muito forte. "O afeto pode ser uma forma de aproximação das pessoas. A partir dele, outros sentimentos fundamentais para as relações serem estabelecidas são formados, como: respeito, compreensão, tolerância, entre outros", explica a psicóloga Michelle da Silveira.

9. Não espere os finais de semana

Procure se lembrar de estreitar os vínculos sempre. Um telefonema, um email ou mesmo uma mensagem por celular podem ser demonstrações de afeto que fazem a diferença. "Com maior tempo de interação, as pessoas poderão se conhecer melhor, agregar pontos positivos da outra pessoa, descobrir afinidades e, a partir daí, estreitar os laços que podem levar à construção de vínculos mais estáveis", esclarece a psicóloga Michelle da Silveira.

10. Reconheça os próprios erros

Ninguém na família é perfeito, inclusive os pais. Segundo a psicóloga Michelle da Silveira, assumir falhas pode implicar em mudança, uma vez que a pessoa refletiu sobre a sua ação e, em uma próxima situação parecida, tentará agir de forma diferente. "Esse comportamento de flexibilidade gera confiança na pessoa com a qual se relaciona, pois ela fica com a idéia de que o erro poderá não se repetir", completa.


11. Crie momentos a sós com cada um

Estimular ocasiões exclusivas entre marido e mulher ou mãe e um dos filhos, entre outras possibilidades, facilita a comunicação. A psicóloga Michelle da Silveira explica que isso favorece o conhecimento entre as pessoas e facilita a criação de sentimentos, como intimidade e confiança.

12. Seja um exemplo

Suas pequenas atitudes no âmbito familiar podem gerar admiração pelos parentes. Quando há essa admiração, a possibilidade de existir vínculos é maior. A psicóloga Michelle da Silveira explica: "Existe nas relações a intenção comum entre as partes de agregar valores, e só é possível obter esses valores, em geral, de alguém sobre o qual se nutre admiração".

04/07/2011

Aspirina

A empresa farmacêutica alemã Bayer lançou uma versão da aspirina (auto-intitulada) revolucionária. Segundo eles, o medicamento alivia a dor duas vezes mais rápido do que a aspirina original.

O novo comprimido, chamado de Aspirina Avançada Bayer, foi lançado em 500 lojas Wal-Mart nos Estados Unidos. Outras cadeias de varejo do país também vão receber o produto.

A nova aspirina utiliza uma tecnologia inédita para esse tipo de remédio. As moléculas do princípio ativo do medicamento são 10 vezes menores do que as da aspirina original, permitindo que elas sejam absorvidas mais rapidamente.

“A tecnologia ajuda a acelerar a desintegração do comprimido, a absorção pela corrente sanguínea e, sobretudo, o tempo até o alívio da dor”, expica Wes Cetnarowski, da divisão de Cuidados da Saúde da Bayer.

A empresa diz que estudos clínicos em pacientes com dor de dente mostram que a droga começa a fazer efeito após a metade do tempo necessário para a aspirina Bayer original agir. A versão antiga foi lançada em 1899.

O porta-voz da multinacional disse que a companhia planeja publicar os resultados de seus testes clínicos em uma revista médica. Ainda não foi mencionado uma possível melhora na composição do medicamento para que ele seja mais facilmente recebido pelo estômago, grande crítica à versão original da aspirina.[

Dislexia


A dislexia é um distúrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldades para ler, escrever e também soletrar. Os especialistas não sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso.

Existem pesquisas apontando que o problema pode ser herdado de pai para filho. Não tem cura mas tem tratamento ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traçar novas rotas cerebrais para entender com perfeição um texto.

Dislexia: quando as palavras não fazem sentido.

Quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o rendimento escolar, profissional e até social da pessoa. Um texto com parágrafos longos ou vocabulário recheado de termos novos pode ser um desafio e tanto para um disléxico.

O problema anda em moda nas escolas e boa parte das crianças com algum tipo de dificuldade de leitura ganha esse rótulo. Na prática, estudos recentes, capitaneados pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostraram que, de cada 100 alunos encaminhados ao médico com suspeita de dislexia, apenas três apresentaram o distúrbio. De qualquer forma, o diagnóstico precoce é essencial para barrar um cicio bem conhecido entre os que sofrem de dislexia: a criança tem dificuldade de aprender, não se arrisca, para de estudar e perde o interesse pela escola por medo, puro medo.

Na sala de aula, o disléxico, diante de um texto, pode ter dor de barriga, suar e sentir um mal-estar. O disléxico apresenta uma falha na de-codificação da linguagem escrita. Isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra e também pode não relacionar o som à letra.

Vale saber que não tem nada a ver com déficit intelectual. Mesmo assim, é comum a criança passar a se inferiorizar, o que, em um futuro próximo, pode se traduzir em baixa estima. Existem, inclusive adultos que são disléxicos e não sabem. E amargam frustrações - sociais e profissionais - ao longo da vida.

Descobrir o problema precocemente é o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnóstico, porém, nem sempre é tão simples. Por volta dos 7 anos de idade acontece a alfabetização. E esse é um processo bem individual: algumas crianças pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeçam até conseguir forma-las e interpretá-las corretamente.


Além disso, problemas de visão, audição, déficits intelectuais, alterações de comportamento e métodos de ensino pouco estimulantes podem prejudicar o aprendizado do abecedario nessa fase. O que os especialistas recomendam em caso de suspeita de dislexia, é uma avaliação cautelosa realizada por médicos e psicólogos.

O tratamento também envolve esses profissionais e tem como objetivo ajudar a pessoa a traçar um novo caminho e, assim, ativar outras áreas cerebrais que dêem apoio para a leitura. No caso esse objetivo seria formar a palavra e desenvolver a fluência no texto.

A escola também tem papel importante em toda essa etapa, ajudando a identificar as falhas da criança durante a aprendizagem, ou ao longo do tratamento. Uma coisa é certa: com a ajuda adequada qualquer disléxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faça todo o sentido.